A tireoide é uma glândula que se localiza na parte de inferior do pescoço, logo abaixo do pomo-de-Adão. Por meio da produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) ela auxilia na regulação de diversos órgãos, além de ter papel importante na memória, humor, fertilidade e peso.
Quando a tireoide não funciona corretamente, ela pode liberar hormônios em quantidade excessiva (hipertireoidismo) ou insuficiente (hipotireoidismo). Sintomas de hipertireoidismo incluem agitação, aumento dos batimentos cardíacos, fraqueza, ritmo intestinal acelerado, perda de peso, exposição da parte branca do olho (“olhar assustado”). Já o hipotireoidismo pode causar cansaço, depressão, sonolência, pele seca, ganho de peso (que geralmente é leve). Enquanto o hipertireoidismo geralmente tem um quadro clínico mais exuberante e bastante sugestivo da doença, o hipotireoidismo tem sintomas mais inespecíficos e que podem facilmente se confundir com outras patologias, como depressão, privação de sono, rotina estressante ou hábitos de vida não saudáveis.
Para o diagnóstico de hiper ou hipotireoidismo, utilizamos exames de sangue, que de modo geral são específicos e confiáveis. Já a ultrassonografia/ecografia é solicitada quando se quer avaliar características como tamanho, vascularização e presença de nódulos, porém esse exame não avalia o funcionamento da glândula. A presença de nódulo ou cisto é um achado comum na população geral e a maioria dos casos não exige tratamento específico, porém o exame deve ser sempre avaliado por endocrinologista para definição, caso a caso, da necessidade de tratamento ou apenas de seguimento.